2024 World Final

28 Oct – 1 Nov, Haikou (China)

WCGC Portugal - OPA 5200
Equipa AUDI – Paulo Castelo e César Campos com Estela Sargento e Ana Massapina, licenciadas WCGC Portugal @Foto por Octávio Passos

Paulo Castelo e César Campos, ao serviço da equipa da Audi, tiveram um final de temporada endiabrado no World Corporate Golf Challenge (WCGC), ao conquistarem de rajada os dois últimos torneios de 2022, para se tornarem nos representantes de Portugal na Final Mundial.

Os dois antigos atletas de alto rendimento na modalidade desportiva de voleibol – bem visível pelas suas estaturas de (respetivamente) 1,79 e 1,90 metros –, agora reconvertidos ao golfe, começaram por vencer a etapa qualificativa no Axis Ponte de Lima, para depois se imporem, no Royal Óbidos Golf & Spa Resort, na Final Nacional by Audi.

Esses dois torneios disputaram-se em campos de características bem distintas, em determinados aspetos até opostas, e também decorreram em duas modalidades de jogo diversas, pois Ana Massapina e Estela Sargento, fundadoras da Golf Concept, empresa detentora da licença do WCGC Portugal, optaram – e bem – por trazer para a Final Nacional by Audi os mesmos “fourball stableford net” da Final Mundial em Tenerife.

WCGC Portugal - OP1607 940
Paulo Castelo – Equipa AUDI @Foto por Octávio Passos

A capacidade de adaptação a todas as circunstâncias de Paulo Castelo e César Campos, mas também a amizade que os une, a seriedade com que encararam a preparação destes eventos e a competitividade que vem dos seus tempos de alta competição foram, em grande parte, as razões do seu sucesso.

Sobretudo porque, quando um evento desportivo com a relevância de um Campeonato do Mundo de Empresas, como é o WCGC, é decidido num “play-off”, a pressão aumenta, tudo é decidido em pequenos detalhes e é nesses momentos que vêm ao de cima as tais características descritas, que revelam a cumplicidade e o espírito de equipa que os anima.

WCGC Portugal - OP1607 959
Guillermo Mestre Mas – Equipa Alberto Mora Galiana e César Campos – Equipa AUDI @ Foto por Octávio Passos

«Eu e o César encaramos sempre o golfe, para além da competição, como uma diversão, porque somos amigos», explica Paulo Castelo, o capitão da equipa, antigo atleta do Sporting de Espinho que acrescentou que «tal como aconteceu na etapa de Ponte de Lima, estávamos a jogar bastante bem e falhámos apenas um buraco».

«Digo sempre ao Paulo que vamos para o campo para fazermos o mínimo possível e hoje, mesmo quando as coisas corriam mal, com as bolas em sítios difíceis, foi sempre à procura do birdie, do eagle, que também apareceu… foi um dia fantástico. No jogo estivemos bem, um a compensar sempre o outro», avaliou, por seu lado, César Campos.

Esta formação da Audi somou 44 pontos, os mesmos da equipa Alberto Mora Galiano, constituída pelos jogadores Manuel Mestre Baviera e Guillermo Mestre.

Foi necessário recorrer à “morte-súbita”, no buraco 18, que sorriu à Audi, sob o olhar de dezenas de participantes, acompanhantes, patrocinadores e parceiros do evento, que, à volta do “green”, não quiseram perder pitada deste autêntico “clímax”.

Os jogadores da Audi estavam a decidir pela primeira vez um título num “play-off” e sentiram a importância do momento, cada um à sua maneira.

WCGC Portugal - OP1607 931
Momento de Play-Off com os finalistas da Final Nacional a assistirem. @Foto por Octávio Passos

«Se calhar, porque já joguei outro desporto e estou mais habituado a essa pressão, sinto menos pressão do que o Paulo. Sempre que jogamos, nota-se mais a pressão do lado dele. (No “play-off”) Ele saiu muito bem nos primeiros shots, mas aqui no fim, percebi que ele estava bastante nervoso. Acabou por correr bem e ficámos muito satisfeitos por termos ganho», referiu César Campos.

«Ir a “play-off” foi uma sensação estranha, mas correu bem. É diferente, porque estamos habituados a ver nos torneios dos profissionais e não imaginamos a pressão que é um “play-off” e eu hoje senti-a», admitiu Paulo Castelo.

Agora, vem aí a 29.ª Final Mundial do WCGC, este ano marcada para as datas de 17 a 21 de outubro, em Tenerife, no Golf Costa Adeje, um campo que já recebeu o Open de Espanha do Ladies European Tour. Portugal defende o título, conquistado em 2021, em Cascais, pela Clínica Laranjo Tinoco.

«E agora, é rumo a Tenerife, tentar defender o título e trazer a taça para Portugal», disse, encantada, Estela Sargento, uma das duas “Licensee Holders” do WCGC em Portugal, a par de Ana Massapina.

WCGC Portugal - OP1607 849
Rancho Folclórico A Capeleira, Parceiros WCGC Portugal, BDR, Global International Relocation, Costa Verde e Distintus. @Foto por Octávio Passos

O equilíbrio competitivo da Final Nacional by Audi atesta-se por, a apenas 2 pontos de distância das duas formações que discutiram o “play-off”, terem ficado seis equipas com 42 pontos, tendo sido o terceiro lugar atribuído – através do segundo critério do sistema de desempate, o de média de handicaps WHS – ao conjunto da Padaria Trigo Bom, de Vítor António e Miguel Heliodoro, os vencedores da etapa qualificativa do Amendoeira Golf Resort, em Silves.

É, de facto, significativo, que duas das três equipas primeiras classificadas na Final Nacional by Audi do 23.º WCGC Portugal tenham sido também campeãs em etapas de qualificação ao longo da época.

WCGC Portugal - OPA 5184
Miguel Heliodoro e Vitor António – Equipa Padaria Trigo Bom, Vencedores 3º NET com Raquel Silva, Event Manager World Final WCGC @Foto por Octávio Passos

A qualidade competitiva das 36 equipas foi elevada e não há memória de uma Final Nacional de eventos desta qualidade contar com mais de metade dos participantes com um “handicap single digit” (38 em 72 jogadores).

Basta dizer que o pior resultado foram 27 pontos, um somatório apreciável, tendo em conta que o percurso de Royal Óbidos, desenhado pelo saudoso Seve Ballesteros, é um teste complicado, com o vento que se fazia sentir ainda mais, e o campo já manifestava alguns detalhes de preparação para o Open de Portugal do Challenge Tour, tornando-o ainda mais difícil.

«Temos, obviamente, de torná-lo menos comercial, de deixar crescer “roughs”, de apresentarmos “greens” mais rápidos, de metermos menos água no campo. Estes jogadores do WCGC, principalmente na parte dos “greens”, já começaram a sentir essa preparação para o Challenge Tour, bem como da parte dos “roughs”. Neste momento, quando se sai dos “fairways” já começa a ficar complicado», explicou o diretor de golfe de Royal Óbidos, Pedro Castelo Branco.

WCGC Portugal - OP1607 589
Rui Martins e Celeste Duarte – Equipa BB95 Hats and Caps @Foto por Octávio Passos

A vinda da Final Nacional by Audi para o palco do Open de Portugal deliciou a maioria dos jogadores e talvez o mais contente de todos fosse o conhecido apresentador televisivo da RTP (e também treinador de futebol) Jorge Gabriel, porque há três anos que aceita o convite da Federação Portuguesa de Golfe para ser um dos “padrinhos” desse torneio do European Challenge Tour.

«Este é um campo onde consegue aliar-se a vertente comercial com a competitiva. Há uma combinação perfeita entre um campo que tem buracos que são, para jogadores médios, como eu, mais complicados, e outros que são aqueles que nos aliciam a tentarmos chegar um bocadinho mais longe, para conseguires baixar do que fizeste no último registo. Isso sucedeu hoje e eu já saí  satisfeito. Fiz menos pancadas do que nas últimas ocasiões (em que joguei aqui)», asseverou Jorge Gabriel.

WCGC Portugal - OPA 5086
Jorge Gabriel e Eduardo Pires – Equipa Paradise Escape com Estela Sargento, Founder Golf Concept @Foto por Octávio Passos

«Ter aqui o Open de Portugal é ter também uma visão de que esta região (Oeste) tem de ter da parte de todos nós, jogadores do Norte, Centro e Sul do país, uma maior ligação. Não devemos olhar para estes campos como de elite, que são só para estrangeiros. São para todos. Os portugueses têm o gozo de jogar no palco onde se disputa o nosso torneio nacional, o maior dos torneios nacionais. Conciliar uma coisa e a outra, para mais, tendo aqui uma série de amigos que o WCGC consegue juntar, é ouro sobre azul, é a cereja no topo do bolo», sublinhou o sempre sorridente comunicador.

A Câmara Municipal de Óbidos (CMO) não poderia estar mais de acordo e o seu novo presidente, Filipe Daniel, fez questão de visitar a Final Nacional by Audi, acompanhado da vereadora Margarida Reis que, entre vários pelouros, detém o do desporto.

WCGC Portugal - OP1607 846
Equipas Finalistas da Região do Algarve @Foto por Octávio Passos

«Fizemos todos os possíveis por dar o maior apoio a esta iniciativa do WCGC, até para podermos dar a conhecer melhor o que é o concelho de Óbidos. Por vezes somos só conhecidos pelo que se passa dentro das muralhas, mas temos um património natural e cultural muito rico. O golfe representa uma oportunidade de diferenciação em termos de desporto», enfatizou Filipe Daniel, também ele um antigo praticante de alto rendimento, em futebol e natação.

Os participantes do WCGC Portugal preparam-se cada vez melhor para esta competição. O diretor de Royal Óbidos julga que «é um dos torneios mais mediáticos, mais fortes do calendário anual em Portugal. O WCGC tem-se consolidado como um torneio de excelência e ter tido a sua Final Mundial durante seis anos em Portugal terá dado mais visibilidade em termos nacionais».

O certo é que o WCGC Portugal continua a crescer. «Depois de dois anos difíceis e atípicos, o nosso balanço é muito positivo. Superámos as expectativas, tivemos uma grande adesão por parte de empresas participantes e patrocinadoras», garantiu Estela Sargento, da Golf Concept, referindo-se ao facto das etapas qualificativas terem contado com mais equipas.

WCGC Portugal - OP1607 058
Ana Massapina e Estela Sargento, Fundadoras da Golf Concept – Licensee Holders WCGC Portugal @Foto por Octávio Passos

A todo esse prestígio e peso histórico, seja o de 29 anos internacionais e 23 edições em Portugal, seja de seis Finais Mundiais em Cascais, juntou-se também uma série de inovações que a Golf Concept trouxe em 2022, sendo a mais apreciada a criação de um ranking que atribuiu vagas para a Final Nacional by Audi, premiando a assiduidade.

«Eu Joguei os torneios todos. Houve um crescendo de interesse não só da minha parte, mas daqueles que foram participando em qualquer uma das localizações onde o torneio se realizou. O meu apuramento foi feito pelo ranking, foi uma novidade. Estimula não só a participação, mas valoriza aqueles que querem mais vezes tentar a sua sorte e, neste caso, acumular à sua tentativa de sorte, algum mérito por terem participado e ter feito esse esforço. Julgo que na próxima edição mais empresas irão fazer exatamente a mesma coisa para garantirem a passagem à Final», disse Jorge Gabriel.

O apresentador televisivo é um fã do WCGC: «Nesta grande Final temos uma noção mais próxima de como um torneio bem organizado pode estimular-nos e dar-nos aquele cariz de competição que traz algum burburinho, algum nervoso miudinho, mas que acaba por saber bem».

WCGC Portugal - OP1607 332
Jorge Gabriel – Equipa Paradise Escape @Foto por Octávio Passos

Os campeões nacionais de 2022 do WCGC partilham da mesma opinião e Paulo Castelo assegurou que «a organização, como sempre, esteve excelente».

Também o autarca de Óbidos gostou do que viu: «Já tive o “feedback” que o evento está a correr muito bem e agrada-nos dar a conhecer esta oferta que Óbidos também tem».

Os patrocinadores e parceiros do WCGC Portugal manifestaram igualmente a sua satisfação, em primeiro lugar porque puderam participar numa “clínica” de formação e iniciação à modalidade, algo que é sempre apreciado por todos, mas, sobretudo, pela montra que a Final Nacional by Audi proporcionou aos seus produtos entre clientes, participantes e também muitos acompanhantes, para além das várias entidades envolvidas.

De acordo com a Golf Concept, houve várias ativações de marca – da Costa Verde, da Bonne Maman, da Nicola, da Andros, da USPOT e contou com 2 novos parceiros a ISPORTISTICS que fez várias filmagens do evento em que irá trabalhar numa base de dados inovadora e a Thyme com degustação de caviar e grapa.

WCGC Portugal - OP1607 728
Momento de conferência resultados e ativações de marca no Clubhouse Royal Óbidos @Foto por Octávio Passos

Durante o “cocktail” estiveram à disposição produtos da Adega de Redondo/Porta da Ravessa, Paradise Escape, Super Bock, Global International Relocation, Belmar, Distintus, Délifrance, Spin by Nectar – Tômbola Bee Engineering (digital), Banana da Madeira, Philips, Executive Digest, Marketeer, Green Savers, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo, Golfe Magazine. O evento também contou com uma vertente cultural com a atuação do Rancho Folclórico A Capeleira e do Gaiteiro D’Óbidos.

Todos estes momentos são usados para importante “networking” entre parceiros, com o testemunho de Hugo Santos, CEO da Distintus, distinguido como Produto do Ano 2022 em que nos  contou que já está a começar a desenvolver produtos “gourmet” com outros parceiros do WCGC no qual o seu azeite estará em evidência.

WCGC Portugal - OPA 5048
Atuação do Gaiteiro D’Óbidos no Welcome drink Evolutee Hotel @Foto por Octávio Passos

Por fim, o WCGC Portugal contribuiu também com uma verba para a Fundação Portuguesa de Cardiologia, que, como salientou Ana Massapina, sócia fundadora da Golf Concept, «promove a prevenção, o tratamento e a reabilitação de doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais, através da sensibilização da adoção de comportamentos saudáveis, como, por exemplo, jogar golfe». Uma percentagem do valor de cada inscrição reverteu a favor da fundação, mas durante a Final Nacional by Audi vários jogadores fizeram donativos pessoais.

WCGC Portugal - OPA 4970
Rainhas de Óbidos com Hugo Santos – Distintus e Nuno Pinheiro de Almeida – Adega de Redondo/Porta da Ravessa @Foto por Octávio Passos

Resta-nos, agora, aguardar pela participação de Portugal na Final Mundial em Tenerife e o novo campeão nacional do WCGC, César Campos, não poderia estar mais satisfeito:

«É a primeira vez que o Paulo e eu vamos representar Portugal num evento fora dos habituais torneios de amadores e iremos fazer o melhor que conseguirmos. Esperamos fazer uma boa classificação. E para nós portugueses, é muito mais aliciante não ser desta feita em Portugal, até porque não conheço Tenerife».

Hugo Ribeiro / PRESS OFFICER – Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico – convertido pelo Lince.

Facebook
LinkedIn
Twitter
WhatsApp
Email